terça-feira, 7 de março de 2017

A MULHER NA SEGURANÇA PÚBLICA

Considerando o dia da mulher, publico um texto para que façamos uma reflexão de quem são as mulheres que trabalham na segurança pública e como ela é vista socialmente. 

Este texto é parte do TCC que apresentei como uns dos itens para aprovação no curso de pós-graduação na UNIFESP no ano de 2016, o título foi: Gênero - As Mulheres na Segurança Pública uma análise da Construção Social e das relações de Poder.

Qualquer reprodução deste texto, total ou parcial, deve constar a referência.

Desejo que goste.

Escrito por Erika do Nascimento Genaro

 GÊNERO - AS MULHERES NA SEGURANÇA

UMA ANÁLISE DA CONSTRUÇÃO SOCIAL E DAS RELAÇÕES DE PODER 

1.2 A MULHER NA SEGURANÇA PÚBLICA 

A inserção das mulheres na segurança pública iniciou na década de 50, Brasil (2013), a ideia de inserir mulheres na atividade policial seguiu de uma tendência que acontecia em países da Europa e nos Estados Unidos da América, assim o governador de São Paulo na época, Jânio da Silva Quadros, solicitou ao diretor da escola de polícia Dr. Walter Faria Pereira de Queiroz estudar a criação de uma polícia feminina em São Paulo. Aos doze dias do mês de maio de mil novecentos e cinquenta e cinco foi publicado o decreto nº 24.548 dando início ao “Corpo de Policiamento Especial Feminino” da Guarda Civil de São Paulo, comandado pela Dr.ª Hilda Macedo.
Pioneira no Brasil foi atribuída missões, que no entendimento à época “melhor se ajustavam ao trabalho feminino”, atendendo as necessidades sociais na proteção de mulheres e jovens. Nos primeiros anos a atuação do grupamento destacou-se nos postos fixos em ações preventivas em estações de trens, aeroportos e com o apoio a outros órgãos em setores de atendimentos. Com a filosofia de não utilizar armas e nem patrulhamento ostensivo.
...as características próprias do trabalho policial levaram a que a incorporação da mulher se desse numa perspectiva funcional, para desempenhar atividades relacionadas com as problemáticas sociais, de ajuda a outras mulheres, crianças e idosos. Subjacente havia a convicção que a mulher policial ter uma relação estreita e especial com a comunidade, com papel protetor. Donadio (2009, apud Brasil; 2013 pg 17)